Viver e celebrar a Páscoa
A tradição da Igreja sempre interpretou a Páscoa como “passagem”. E sempre a “passagem” teve diversos sentidos:
- passar sobre (hyperbasis): quando fala de Deus ou do seu anjo que passa sobre as casas dos judeus sem os ferir
- passar através de (diabasis): quando o povo passa do Egipto para a Terra Prometida
- passagem para o alto (anabasis): quando o homem passa das coisas terrenas para as coisas do céu
- passagem para fora (exodus): quando o homem sai da escravidão do pecado
- passagem para diante (progressio): quando o homem progride no caminho da santidade.
Na base da ideia da Páscoa está, portanto, a ideia de uma passagem: da morte para a vida. É algo que se evoca como provisório e transitório, algo que é preciso ser ultrapassado. E só é possível parar quando se chega à plenitude, quando se chega à Parusia. Como disse Sto Agostinho, num dos seus comentários ao Evangelho de João (55, 1 in CCL 36, pp463) a Páscoa é passar para aquilo que não passa.
E, de facto, se virmos à nossa volta e bem dentro de nós, tudo passa. Mas, diante deste tudo que passa, há Alguém que não passa: Deus, o Amor de Deus.
O homem é frágil, passa, é transitório. Deus não passa, não é provisório, não é transitório. Por isso a Páscoa é passar para o que não passa nunca: Deus.
Diante desta passagem podemos reflectir a morte de Cristo como uma passagem: e só passa quem se entrega na liberdade e na obediência. O Pai entrega-Se novamente e entrega o Filho e o Filho entrega-Se ao Pai e à humanidade.
Então, em Cristo, todos passamos, todos vivemos a passagem que é a Páscoa. A humanidade está representada no Adão da queda e está, sobretudo, representada no Jesus Cristo da redenção. Cristo morreu pelos nossos pecados e a essência da sua missão pode centra-se aqui: morreu por nós.
Este “por nós” não significa uma substituição penal ao estilo de vítima que entregámos por nós. Este “por nós” é “em nosso favor”. Se quisermos é o essencial da nossa oração: Cristo repete-se no coração de cada um de nós.
- passar sobre (hyperbasis): quando fala de Deus ou do seu anjo que passa sobre as casas dos judeus sem os ferir
- passar através de (diabasis): quando o povo passa do Egipto para a Terra Prometida
- passagem para o alto (anabasis): quando o homem passa das coisas terrenas para as coisas do céu
- passagem para fora (exodus): quando o homem sai da escravidão do pecado
- passagem para diante (progressio): quando o homem progride no caminho da santidade.
Na base da ideia da Páscoa está, portanto, a ideia de uma passagem: da morte para a vida. É algo que se evoca como provisório e transitório, algo que é preciso ser ultrapassado. E só é possível parar quando se chega à plenitude, quando se chega à Parusia. Como disse Sto Agostinho, num dos seus comentários ao Evangelho de João (55, 1 in CCL 36, pp463) a Páscoa é passar para aquilo que não passa.
E, de facto, se virmos à nossa volta e bem dentro de nós, tudo passa. Mas, diante deste tudo que passa, há Alguém que não passa: Deus, o Amor de Deus.
O homem é frágil, passa, é transitório. Deus não passa, não é provisório, não é transitório. Por isso a Páscoa é passar para o que não passa nunca: Deus.
Diante desta passagem podemos reflectir a morte de Cristo como uma passagem: e só passa quem se entrega na liberdade e na obediência. O Pai entrega-Se novamente e entrega o Filho e o Filho entrega-Se ao Pai e à humanidade.
Então, em Cristo, todos passamos, todos vivemos a passagem que é a Páscoa. A humanidade está representada no Adão da queda e está, sobretudo, representada no Jesus Cristo da redenção. Cristo morreu pelos nossos pecados e a essência da sua missão pode centra-se aqui: morreu por nós.
Este “por nós” não significa uma substituição penal ao estilo de vítima que entregámos por nós. Este “por nós” é “em nosso favor”. Se quisermos é o essencial da nossa oração: Cristo repete-se no coração de cada um de nós.
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