segunda-feira, setembro 04, 2006




Cinco características da vocação
1. Cristo chama ao seu seguimento homens e mulheres livres, responsáveis e decididos. Entrar num Mosteiro, numa Congregação, num Seminário, deve ser uma decisão de adulto "eu quero!". Nas condições do mundo actual esta liberdade de adulto não se adquire ordinariamente senão através de alguns anos durante os quais houve a possibilidade de experimentar a sua vida cristã no mundo. Com prudência, evidentemente.

2. Para permanecer livre e progredir, é tão necessário evitar dispersar-se ou correr atrás de tudo sem importar o quê, como fechar-se numa certeza prematura. É igualmente necessário ser prudente nas amizades e prudente quanto à frequência de Mosteiros ou Casas religiosas. Uma coisa é fazer um bom retiro anual num lugar conhecido e amado; uma outra coisa é, por exemplo, precipitar-se permanentemente nos Cartuxos ou Carmelitas sem os conhecer, ou então passar aí todos os tempos livres. Enquanto uma decisão não está tomada, é necessário ser fiel à condição presente.

3. Enquanto não veio o tempo da "veemência" de um chamamento preciso, concreto, o reconhecimento do seu lugar próprio, ou quando se começa com tergiversações (hesitações) e argumentações interiores prolongadas "um dia é sim, outro dia é não", é sinal de que é preciso perseverar na oração e prosseguir o seu próprio caminho.

4. Deus não é apressado. Gosta de ter tempo. Jesus não ficou quase incógnito trinta anos, e não teve apenas três anos de vida apostólica ? Por isso não é raro que seja precisa uma longa maturação antes de definir as coisas. Paciência.
Às vezes pensamos que, em virtude da urgência dos tempos, é preciso ir mais depressa. Talvez, mas nunca mais depressa do que Deus. A urgência dos tempos é certamente um desafio a por a questão com mais insistência e a rezar com mais constância ao Senhor da Messe .
Não correr tudo e todos os lugares religiosos e permanecer seguro que Deus saberá dar-nos os sinais necessários para ver claro.

5. Os contactos regulares com um acompanhante espiritual poderão ajudar nos discernimentos sucessivos. Ele será uma testemunha privilegiada que assinalará as falsas pistas e encorajará ao longo da caminhada.



Cinco critérios essenciais para uma vocação

1. Chamamento intenso, regular, duradoiro.
Depois de a "Fonte que murmura em meu coração: vem para o Pai" (Sto. Inácio de Antioquia) até ao imperativo "segue-Me", há todas as variantes possíveis. Mas existe sempre esta inclinação que persiste, este impulso (ardor) forte e tenaz que, na luz de Deus, faz colocar a questão: "Para que lado pende o meu coração ?".

2. Aptidão física proporcional à vocação.
Quando Deus confia uma missão, ela é proporcional às aptidões daquele (daquela) que a recebe. Ele conhece-nos melhor que nós próprios. Por isso não pedirá o impossível, mesmo pedindo que progridamos. É necessário aceitar humildemente a sua natureza e a sua saúde.

3. Aptidão intelectual
Não se trata apenas de uma questão de cultura ou de aptidão para os estudos. Não se é chamado apenas por esses qualidades intelectuais. Trata-se da inteligência do coração e do bom senso, como dizia o Santo Cura d'Ars "Ter os pés na terra e a cabeça no Céu".

4. Aptidão moral
Não se trata aqui de um concurso de virtudes (quais seriam os critérios e as normas ?). Trata-se sim da maturidade do carácter e da vontade. Maturidade afectiva e sensível, aptidão para a amizade, equilíbrio alegre e pacificado na continência e na castidade. Deus ama aqueles que não têm medo de si mesmos, medo dos outros ou medo do mundo.
Esta maturidade é fruto de uma verdadeira conquista: "O Reino de Deus sofre violência e são os violentos os que nele entram ...".

5. Chamamento da Igreja
Confirmação, ratificação por um (a) superior (a) ou por um Bispo que chama em nome de Cristo. Não se encontra sempre a sua vida á primeira.

(inspirado num artigo do Padre François Pottez)








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