terça-feira, setembro 05, 2006


Senhor Jesus Cristo,
estou aqui, neste momento, diante de Ti
para pensar um pouco na vida, nos outros, em mim,
em tantas coisas que me dão volta à cabeça e que não consigo entender sobre Ti,

sobre o mundo, sobre mim mesmo.
Queria fazer grandes coisas por Ti, pelos homens,
para que a minha passagem pela história não fosse em vão.


Eu sei que em Ti está a Vida e a Verdade,
e, por isso, venho beber na única Fonte
capaz de apagar a minha sede
de verdade, de bondade, de beleza.


Hoje quero pedir-Te, de modo especial,
por aqueles jovens como eu
que percebem no interior do seu coração
o teu chamamento ao sacerdócio ou à vida consagrada.
Não deve ser fácil para eles deixar tudo para Te seguir.
Deve custar-lhes deixar a sua família, os seus noivos,
as suas noivas, os seus amigos ... Mas eu
compreendo perfeitamente aqueles que
são capazes de deixar tudo te seguir.
Porque Tu és o tesouro pelo qual vale bem
a pena deixar tudo para não Te perder.
Eles irão pelo mundo pregando o teu Evangelho,
suavizando com a tua Palavra a amargura de muitas vidas humanas,
dando um pouco de esperança a tantos homens e mulheres,
aos milhares de jovens que vivem sem esperança,
sem transcendência, sem amor verdadeiro.
Eles irão derramando por esse mundo, que parece condenado à amargura e ao ódio, o perfume da tua mensagem de alegria, de paz e de esperança.
Irão consolando os tristes,
fortalecendo os fracos, derramando graça e perdão.
Até sinto “inveja” deles. Eu não sei o que responderia
se sentisse o teu chamamento.


A única coisa que Te pediria nesse momento é o que Te peço
por todos aqueles jovens que agora escutam o teu chamamento:
generosidade, valor, audácia e fé.


Verdadeiramente Tu és capaz
de preencher uma vida , de lhe dar sentido, de a fazer frutificar.


Dá-nos sacerdotes segundo o teu coração.

Move os corações de muitos jovens para que não vacilem
em deixar tudo, as suas redes, quando Tu,
colocando sobre eles o teu olhar, te detenhas na margem do rio das suas vidas, pronuncies os seus nomes, cravados no teu coração desde sempre, e com a tua palavra poderosa que criou os céus
lhes digas com firme suavidade:


Segue-me”.

segunda-feira, setembro 04, 2006




Cinco características da vocação
1. Cristo chama ao seu seguimento homens e mulheres livres, responsáveis e decididos. Entrar num Mosteiro, numa Congregação, num Seminário, deve ser uma decisão de adulto "eu quero!". Nas condições do mundo actual esta liberdade de adulto não se adquire ordinariamente senão através de alguns anos durante os quais houve a possibilidade de experimentar a sua vida cristã no mundo. Com prudência, evidentemente.

2. Para permanecer livre e progredir, é tão necessário evitar dispersar-se ou correr atrás de tudo sem importar o quê, como fechar-se numa certeza prematura. É igualmente necessário ser prudente nas amizades e prudente quanto à frequência de Mosteiros ou Casas religiosas. Uma coisa é fazer um bom retiro anual num lugar conhecido e amado; uma outra coisa é, por exemplo, precipitar-se permanentemente nos Cartuxos ou Carmelitas sem os conhecer, ou então passar aí todos os tempos livres. Enquanto uma decisão não está tomada, é necessário ser fiel à condição presente.

3. Enquanto não veio o tempo da "veemência" de um chamamento preciso, concreto, o reconhecimento do seu lugar próprio, ou quando se começa com tergiversações (hesitações) e argumentações interiores prolongadas "um dia é sim, outro dia é não", é sinal de que é preciso perseverar na oração e prosseguir o seu próprio caminho.

4. Deus não é apressado. Gosta de ter tempo. Jesus não ficou quase incógnito trinta anos, e não teve apenas três anos de vida apostólica ? Por isso não é raro que seja precisa uma longa maturação antes de definir as coisas. Paciência.
Às vezes pensamos que, em virtude da urgência dos tempos, é preciso ir mais depressa. Talvez, mas nunca mais depressa do que Deus. A urgência dos tempos é certamente um desafio a por a questão com mais insistência e a rezar com mais constância ao Senhor da Messe .
Não correr tudo e todos os lugares religiosos e permanecer seguro que Deus saberá dar-nos os sinais necessários para ver claro.

5. Os contactos regulares com um acompanhante espiritual poderão ajudar nos discernimentos sucessivos. Ele será uma testemunha privilegiada que assinalará as falsas pistas e encorajará ao longo da caminhada.



Cinco critérios essenciais para uma vocação

1. Chamamento intenso, regular, duradoiro.
Depois de a "Fonte que murmura em meu coração: vem para o Pai" (Sto. Inácio de Antioquia) até ao imperativo "segue-Me", há todas as variantes possíveis. Mas existe sempre esta inclinação que persiste, este impulso (ardor) forte e tenaz que, na luz de Deus, faz colocar a questão: "Para que lado pende o meu coração ?".

2. Aptidão física proporcional à vocação.
Quando Deus confia uma missão, ela é proporcional às aptidões daquele (daquela) que a recebe. Ele conhece-nos melhor que nós próprios. Por isso não pedirá o impossível, mesmo pedindo que progridamos. É necessário aceitar humildemente a sua natureza e a sua saúde.

3. Aptidão intelectual
Não se trata apenas de uma questão de cultura ou de aptidão para os estudos. Não se é chamado apenas por esses qualidades intelectuais. Trata-se da inteligência do coração e do bom senso, como dizia o Santo Cura d'Ars "Ter os pés na terra e a cabeça no Céu".

4. Aptidão moral
Não se trata aqui de um concurso de virtudes (quais seriam os critérios e as normas ?). Trata-se sim da maturidade do carácter e da vontade. Maturidade afectiva e sensível, aptidão para a amizade, equilíbrio alegre e pacificado na continência e na castidade. Deus ama aqueles que não têm medo de si mesmos, medo dos outros ou medo do mundo.
Esta maturidade é fruto de uma verdadeira conquista: "O Reino de Deus sofre violência e são os violentos os que nele entram ...".

5. Chamamento da Igreja
Confirmação, ratificação por um (a) superior (a) ou por um Bispo que chama em nome de Cristo. Não se encontra sempre a sua vida á primeira.

(inspirado num artigo do Padre François Pottez)










Jesus Cristo
- Homem Novo para renovar o homem -
- V -
8. E como é que sabes? Tens a certeza? Tens?
- Critérios / argumentos da historicidade de frases e factos -
A partir de tudo o que ficou dito muito se discutiu sobre a possibilidade de confirmar afirmações, acções, factos na vida e na história de Jesus. Os critérios/argumentos que paulatinamente se foram elaborando não são receitas infalíveis mas têm a vantagem de sistematizar os diversos argumentos que intervêm num debate científico sobre a realidade e, dessa forma, podem ajudar a ler o “real” e o que se diz dele.
Podem indicar-se muitos critérios. A teologia hoje trabalha muito de perto com as ciências humanas e os métodos histórico-críticos. Mas, evidentemente, não pode fechar a porta apenas segura dessas ciências ou métodos já que a fé e o saber se relacionam, desafiam e fundamentam reciprocamente[1].
Eis então os cinco critérios mais utilizados:

1º) Uau! Nunca tinha visto nada disto!
– A originalidade radical –
Chamado critério da “falta de semelhança”, o critério da originalidade radical é extremamente simples: procede de Jesus tudo aquilo que nos Evangelhos e tradições cristãs não se deixar verificar como vindo de outra fonte (por exemplo o Judaísmo do séc. I ou do Cristianismo nascente). Resumindo, virá de Jesus (palavras, gestos e ensinamentos) tudo aquilo que já não é judaico e ainda não é cristão. Este critério supõe três hipóteses: um bom conhecimento do mundo judaico da época de Jesus; um bom conhecimento da Igreja primitiva; a “falta de criatividade” por parte dos discípulos de Jesus. Por isso é um critérioa usar com muito cuidado.

2º) Isso não se inventa
- A dissonância eclesiástica –
É, de certa forma, uma variante do critério anterior. E é muito simples: é difícil conceber que a comunidade cristã primitiva pudesse inventar coisas que a pusessem em dificuldades a ela própria. Por exemplo, se não fosse verdade, porquê dizer que no grupo de Jesus havia Judas, um traidor? Ou então porquê dizer que Jesus recebeu o baptismo de João Baptista se esse baptismo, diz o mesmo texto, era um baptismo para arrependimento dos pecados? Seria Jesus um pecador segundo a comunidade primitiva? Ou o que significaria a afirmação de que Jesus era um “comilão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores” (Lc 7, 34).

3º) Toda gente diz
- O testemunho múltiplo –
Este critério significa que quanto mais está testemunhado um elemento por fontes independentes entre si ou, mais vagamente, por correntes tradicionais independentes, maior é a probabilidade da sua antiguidade. O testemunho múltiplo é válido igualmente no estudo das formas literárias. Quando um elemento é citado apenas por uma tradição, a probabilidade da sua antiguidade é menor. Quando o testemunho é múltiplo, mesmo que tenha assumido diferentes formas de ser dito, é um critério de afirmação da historicidade. Sabemos que existem fontes diversas nos Evangelhos, sabemos que estão misturadas e sabemos, inclusive, que citam elementos comuns. Tanto é assim que existem três Evangelhos chamados “Sinópticos” por isso mesmo.

4º) És sempre o mesmo
- A coerência –
Uma vez que foi possível, através dos critérios anteriores, estabelecer que algumas palavras e acções reportam de facto a Jesus (se não na forma, pelo menos na substância) é também possível traçar uma imagem de conjunto do ministério de Jesus: é possível identificar as linhas fundamentais da sua mensagem bem como as diferenças em relação à sua acção. Se um elemento se integra devidamente nesta imagem de conjunto é porque a sua historicidade é provável e pode ser considerado autêntico. Se o elemento não está coerentemente encadeado e relacionado aos restantes elementos a sua autenticidade pode ser posta em causa. É um critério que se impõe por simplicidade e evidência.

5º) Fia-te … e corre
- A fiabilidade histórica –
Por fiabilidade histórica não se entende um critério particular mas sim um conjunto de argumentos ou critérios. Todo o historiador remonta dos efeitos às causas, procura as explicações necessárias e suficientes para os fenómenos. No nosso caso o critério aplica-se quando nos interrogamos pela continuidade entre o movimento de ideias e comportamentos gerados por Jesus e o cristianismo nascente. Este é o processo que faz uma leitura retrospectiva: da comunidade cristã até Jesus Cristo, sua origem. E é aí que a história, seus contextos e horizontes, joga um papel importante. Jesus é um Judeu do séc. I. Nenhum historiador discutiria este facto. Mas faz com que não se possam atribuir a Jesus gestos e acções incompatíveis com essa condição.
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[1] Cf. Jacques SCHLOSSER, Jesus, el profeta de Galileia (Salamanca: Sígueme, 2005) 67.
Jesus Cristo
- Homem Novo para renovar o homem -
- IV -

5. Já sabes quem és ou é preciso dizer-te?
- Jesus revela-Se revelando ao homem a sua própria verdade -
Em todos estes exemplos vivos de Jesus vemos como Jesus se comporta não apenas como verdadeiro homem, mas também como um homem verdadeiro, alguém que realiza totalmente a sua vocação de homem. Neste sentido, olhando para a sua vida, podemos dizer que Jesus é a verdade do homem na medida em que Ele revela aquilo que cada pessoa é e o que pode vir a ser.
Evidentemente que a vida terrestre de Jesus tem como finalidade revelar o mistério de Deus. Mas essa revelação do mistério de Deus acontece na revelação do homem a si mesmo. E é por isso que a primeira coisa que os relatos evangélicos nos convidam a fazer é a saber se podemos aderir a um testemunho que nos revela toda a profundidade do ser humano. É esse o sentido da encarnação de Jesus. E é como homem que, num primeiro momento, O devemos acolher, um homem cuja palavra e comportamento nos atingiu n o mais íntimo de nós mesmo para nos compreendermos melhor e nos deixarmos conduzir a Deus. Foi isso que Jesus fez ao querer partilhar as situações normais da vida humana.

E em que consiste a verdade deste homem que Jesus nos revela ? Podíamos resumi-la neste termo: para. Jesus é um homem que vive para os outros. Para os outros, homens, seus irmãos e para o Outro, Deus seu Pai. Toda a sua vida tem este grande horizonte: nenhum traço de egoísmo ou de fechamento sobre si mesmo, mas uma inteira disponibilidade e entrega pelos outros e a Deus. E é neste viver para os outros que Jesus Se vai revelando mais do que um simples homem. Há n’Ele mais do que em Jonas ou em Salomão. É este mais que é significativo no Evangelho. Em Jesus a sua única existência reenvia ao ser do homem e ao ser de Deus. Jesus é Deus e é homem.

É desta forma que o seu testemunho é credível. As respostas que traz o acontecimento da revelação não são significativas senão enquanto estão em correlação com as questões que dizem respeito ao conjunto da nossa existência. Apenas aqueles que viveram por experiência o choque do transitório, a ansiedade que vem da consciência da finitude, a ameaça do não-ser, podem compreender o que significa a noção de Deus. Apenas os que fizeram a experiência das ambiguidades trágicas da nossa existência histórica e que colocam totalmente a questão do significado da sua existência, podem compreender o que significa o Reino de Deus[1].

6. A vida não são só palavras e intenções
- Paixão e a Cruz de Jesus -
O sentido da vida e o sentido da morte são um todo (uma unidade). A maneira de morrer sela e perpetua, muitas vezes, o sentido de uma existência. Então podemos dizer que enquanto Jesus não enfrentou esta experiência suprema, o sentido definitivo da sua vida, das suas palavras e das suas acções, ainda estava incompleto.
Como é que Jesus entendeu e viveu a morte? Que sentido lhe atribuiu? Certamente que Jesus contou com uma morte violenta. A experiência do seu ministério e a vaga de oposição que provocou devem ter-Lhe dado essa consciência de que uma morte violenta estava iminente.
É importante afirmar, desde já, que neste contexto, a iminência da morte não surgia a Jesus apenas como uma eventualidade, mas sim como uma realidade a que Jesus atribuía um sentido de verdade em estreita relação com a sua missão.
Em todo o contexto da vida e missão de Jesus, a paixão é o grande momento de verdade de Jesus: a sua atitude fundamental de Dom-de-si-mesmo conduz Jesus à aceitação da morte como evidência dessa verdade. Estamos então, de novo, diante desta grande marca da existência de Jesus que é a de ser uma existência-para…, uma pro-existência. E essa é, de facto, a realidade que dá sentido à morte de Jesus: uma existência para o Pai e para os irmãos (lei na vida e lei na morte). Um Jesus que viveu para e por vai morrer igualmente para e por.
É-nos possível perceber ainda melhor o sentido que Jesus deu à sua morte se tivermos presente a cena evangélica da instituição da Eucaristia. Por este gesto não-habitual Jesus dá a este cálice o valor de um Dom pessoal que é feito aos seus [...]: o pão partido e partilhado é o corpo entregue; o cálice que circula de mão em mão é a Nova Aliança no Sangue[2]. Jesus estabelece, portanto uma relação entre a sua morte próxima e este pão e este vinho. O corpo não é apenas algo material, mas é a unidade da própria pessoa. Esta é a expressão do Dom da sua vida que Jesus faz. Então a morte de Jesus é um Dom de si mesmo: Dom do amor, mais forte que a morte e Dom da comunhão. Jesus morre na acção de graças ao Pai e na partilha de si com os seus.

7. Esperar para além dos nossos limites – a única esperança que vale
- A Ressurreição de Jesus -
Para completar o caminho que vai de Jesus pré-pascal ao Cristo pascal temos de abordar a ressurreição e a experiência pascal dos discípulos. A ressurreição de Jesus está no coração da fé cristã como o estão a paixão e a cruz. Define-se mesmo o cristão como aquele que acredita em Jesus ressuscitado de entre os mortos.
Os Evangelhos mudam de tom quando falam da ressurreição de Jesus. Enquanto a paixão, crucifixão e morte de Jesus foram públicas, a ressurreição encontra-se atestada quase de maneira confidencial. Jesus manifesta-se aos discípulos – homens e mulheres - que já O conheciam. O anúncio público da ressurreição é, só depois, obra destes mesmos discípulos que falam em nome da fé. Reconheceram Jesus ressuscitado não apenas com os olhos do corpo, mas com os olhos da fé. E este é um testemunho original. Jesus manifesta-Se-lhes como o mesmo, Aquele que eles conheceram e agora “reconhecem”, mas sob uma outra forma na medida em que o modo de comunicação que os discípulos têm com Jesus mudou completamente. Há novidade e há continuidade. A sua presença vem do mundo divino, do mundo de Deus. E, por isso, só pode ser reconhecida neste âmbito. A ressurreição afirma, sobretudo, a chegada e presença dos tempos definitivos e plenos. Jesus é o primeiro a ressuscitar e a sua ressurreição afirma-se como sucesso, como plenitude e sentido de uma viva e de uma verdade. Por isso a sua ressurreição não significa um regresso à vida anterior, mas significa sim uma superação da limitação da existência histórica espacio-temporal. Jesus não regressa á corruptibilidade, vence-a definitivamente.

É desta forma que, no Jesus que os discípulos reconhecem, se revela definitiva e insuperavelmente Quem é Deus: para lá descontinuidade histórica que a morte provocou, persiste uma continuidade da presença de Jesus Cristo. A ressurreição assume assim o carácter de confirmação definitiva da pessoa e obra de Jesus: é a unidade íntima de um acontecimento histórico e de fé.

A decisão pró ou contra ressurreição e da fé pascal não se refere então a determinados sucessos maravilhosos, mas equivale sim a saber se se está decidido a contemplar a realidade a partir de Deus e a confiar-se a Deus na vida e na morte. E essa decisão significa responder à questão sobre se alguém pensa viver apenas a partir de si mesmo, das suas possibilidades, ou se, ao contrário, tem coragem e ousadia para viver a partir d’Aquele que não se pode manipular, que não se pode possuir.
A fé pascal é, portanto, um ataque a todas as concepções de mundo fechado sobre si mesmo e absolutizado em si próprio sem deixar espaço às possibilidades criadoras de Deus e do homem renovado.
E, de facto, a fenomenologia da esperança mostra-nos que pertence à natureza do ser humano o esperar para além da morte. Esta interrogação traduz-se em esperanças que levam o homem para lá da morte num outro modo de existência. Recapitulando todos os limites e contradições da sua condição trágica e dramática, o homem sente e vive de uma necessidade radical de salvação: ser salvo é viver, viver todo, inteiro, viver absolutamente. Por isso, e voltando um pouco atrás, Jesus não é reconhecido por uma simples percepção sensorial mas pela fé e pelas palavras que explicam o sentido das Escrituras e da esperança humana – a ressurreição não poderia converter aqueles que não conheciam a Jesus e não estivessem preparados (avisados) para O receber.
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[1] Paul TILLICH, Théologie Systematique, 127.
[2] Bernard SESBOUÉ, op. cit.