domingo, junho 01, 2008


Os Presbíteros na vida da Igreja – III


4. Características do ministério

4.1. Ao serviço de todos, alguns são ministros
No NT há, portanto, um conjunto de relações extremamente ricas entre todos os baptizados. E, no meio desses baptizados, existe um que exerce um ministério.
Trata-se de fazer crescer a ekklesia, a assembleia dos cristãos. A relação dos primeiros cristãos é uma relação feita de um serviço mútuo entre todos os membros da comunidae manifestando uma total dependência de todos, apenas em relação ao senhor Jesus.

Surge assim uma grande diversidade de ministérios e de serviços necessários às comunidades ( à sua vida). Estas figuras (ministérios) dependem do contexto local e da ligação ao fundador de cada Igreja.

4.2. Que unidade existe entre todos estes ministérios?
Podemos estabelecer uma certa síntese da acção destes ministros a partir das relações que eles estabelecem. Estão ao serviço de quem ?
Podemos dizer que aqueles que desempenham um ministério na Comunidade estão ao serviço de três relações essenciais:
- com os não cristãos (...)
- com as outras igrejas (...)
- no interior de cada comunidade (...)

4.3. Como são escolhidos os ministros?
A investidura dos ministros não obedece também a regras uniformes. Reina uma grande diversidade neste domínio. Os ministros eram escolhidos do meio da Comunidade. Os Apóstolos têm. contudo, um importante papel na medida em que a sua autoridade lhes vem de Cristo.
Além disso há a própria Comunidade. E, não podemos esquecer, o Espírito Santo.
Pouco a pouco, na forma, o gesto da imposição das mãos e invocação do espírito santo foi-se tornando o gesto público da designação para determinado ministério. Para desempenhar um ministério eram precisas (1º) a competência que vinha de Deus e (2º) o reconhecimento dos irmãos.

4.4. Um ministério principal colegial
Encontramos no NT em todos os períodos um conjunto de minsitros que que constitui um ministério principal ( é um ministério colegial e diversificado). Não se trata de um super-ministro, mas sim de um grupo de ministros que assegura uma responsabilidade de conjunto na Igreja.

Quem é este ministério colegial ?
Os responsáveis das Igrejas (1-apóstolos; apóstolos-profetas-doutores; bispos e diáconos; bispos e presbíteros.
Fundamentalmente é um ministério ao serviço da unidade de todos os outros ministérios. É ele que ordena todos os outros minsitérios.

4.5. As sua principias funções:
- serviço da Palavra de Deus (actores da evangelização)
- serviço de comunhão fraterna (presidem á oração comum e à fracção do pão);
- serviço da caridade (diaconia)
E aqui temos já as funções dos bispos, presbíteros e diáconos.

5. Algumas conclusões provisórias do que afirmámos até aqui:

a. Uma igualdade profunda liga de maneira solidária todos os cristãos. Todos receberam o mesmo Espírito que se exprime, contudo, em dons e serviços diferentes. Mas é o mesmo e único Espírito.

b. Toda a Comunidade no NT se encontra “numa situação de serviço”. Não pelos seus próprios objectivos mas por serviço a Cristo e aos homens. Esta dimensão ministerial é constitutiva da Comunidade no seu conjunto.

c. A Comunidade prolonga assim a acção de Deus no mundo. Uma acção que teve lugar de maneira especial em Jesus Cristo e na “fundação” da Igreja pelos Apóstolos. Deus continua a reunir o seu Povo pela sua Palavra.

d. Os ministros, nestas Comunidades, não são apenas garantia da continuidade do passado mas sim garantia da actualidade da fé. A sua presença é constitutiva da Igreja.

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